Demanda de ACC e os números do Vietnã


Análises de agências especializadas mostram que o mercado internacional continua a experimentar uma boa demanda diante de uma oferta limitada. Segundo os analistas, os preços subiram ligeiramente tanto para a castanha in natura como para amêndoa de castanha de caju (ACC).  Os EUA, por exemplo, apesar da pandemia do Covid-19, excederam em 10.000 toneladas no mês de março as importações de ACC, um aumento de quase 20% em relação a março dos anos anteriores.

Chama a atenção os números do Vietnã, maior exportador de ACC para os EUA. De maio de 2019 a abril de 2020 aquele país importou 1.645.000 de castanha in natura, que somadas à sua produção (450.000 toneladas - estimativa para o corrente ano) atingem um total de 2.095.000 toneladas de castanha. Para se ter uma ideia do poder de fogo da indústria de processamento vietnamita, basta dizer que  as necessidades mensais de compras são da ordem de 180.000 toneladas de castanha/mês. Para saber o que representa esta demanda, basta observar que a produção brasileira de castanha de caju para o corrente ano, segundo o último levantamento do IBGE é de cerca 130.000 toneladas de castanha. Em resumo, o que produzimos não é suficiente para atender a demanda da indústria do Vietnã durante um mês.



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