Vietnã aposta nas exportações de ACC no 2º semestre


O Vietnã estima que as exportações de amêndoa de castanha de caju (ACC) aumentem na segunda metade do ano, quando a pandemia do COVID-19 for controlada. Apesar disso, a indústria de processamento do país terá que diminuir sua meta de exportação de US $ 4 bilhões para este ano. De acordo com o Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural do Vietnã, o país exportou cerca de 86.000 toneladas de ACC nos três primeiros meses do ano, faturando em torno de 609 milhões de dólares, o que representou uma queda de 4,7% em relação ao ano anterior, apesar de um aumento de 8,2% no volume exportado. Os EUA, Holanda e a China continuam sendo os três maiores mercados de importação do país.

Pham Van Cong, presidente da Associação do Caju do Vietnã (Vinacas), disse que é improvável que a indústria atinja sua meta de exportação para o ano de 2020. Neste sentido, está conduzindo uma avaliação abrangente para fazer os ajustes adequados à meta. O Ministério da Agricultura vietnamita considera que houve um bom progresso no controle da pandemia na China, e as exportações para o mercado mostram sinais de melhora. Os analistas estimam que as exportações devem se recuperar após a contenção da pandemia e, portanto, as empresas precisam fazer planos para a segunda metade do ano. 

O Vietnã aposta na União Europeia (UE) como um mercado de exportação promissor. A Alemanha, por exemplo, apresenta alta demanda por ACC de menores grades para uso na indústria de alimentos, e as empresas vietnamitas são competitivas nesses tipos. O Ministério da Indústria e Comércio prevê que as exportações de ACC para a Alemanha aumentem no segundo semestre do ano, quando a pandemia for controlada e o Acordo de Comércio Livre UE-Vietnã (EVFTA) entrar em vigor.

As empresas vietnamitas importaram 161.000 toneladas de castanha de caju in natura a um custo de US $ 246 milhões nos três primeiros meses do ano, uma redução de 29,5% em volume e 37,9% em valor, em relação à 2019. Tanzânia, Indonésia, Camboja, Costa do Marfim e Nigéria foram os maiores fornecedores da castanha importado pelo Vietnã.

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