Cajucultura: já passou da hora de acordar


Em 2019 a produção brasileira de castanha de caju foi de cerca de 139 mil toneladas, praticamente igual à safra de 2018. Se compararmos com as produções obtidas em outros países localizados na África e na Ásia, com menores área que a nossa, concluiremos que temos ainda muito espaço para avançar a fim de que o país alcance todo o seu potencial na cajucultura.

Fundamental, para isso, a implementação de políticas públicas que contemplem novos investimentos no setor, facilitem o acesso dos cajucultores às novas tecnologias, fortalecendo o sistema de assistência técnica e extensão rural, aportem mais recursos para a pesquisa e desenvolvimento direcionada à toda cadeia de valor e priorizem linhas de crédito específicas que fomentem a mecanização das atividades agrícolas, especialmente as relacionadas a colheita da castanha.

A organização dos cajucultores é outro ponto chave neste processo. É imperioso que os produtores se organizem sob as mais diversas formas para se fortalecerem e tornarem-se competitivos. Daí pra frente é um pequeno passo para se transformarem em empreendedores.

É um sonho? Pode ser. Mas enquanto isto não acontecer, a cajucultura brasileira continuará marcando passo em torno de baixas produtividades, perda de competitividade, baixos preços e não remuneração da atividade. Já passou da hora de acordar.

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