Crise na cajucultura da Índia (parte 1): 80% das unidades de processamento fechadas



A amêndoa de castanha de caju (ACC) está entre os quatro principais produtos da lista de exportações agrícolas da Índia, juntamente com arroz basmati (um arroz aromático do tipo longo), especiarias e chá. Suas exportações renderam ao país em 2017 cerca de U$ 701 milhões. Apesar desses números, as unidades localizadas no hub de processamento de castanha da Índia, Kollam e Kerala, estão encerrando suas atividades devido ao aumento dos custos de insumos e às perdas na linha de produção. 

O desespero culminou em um protesto maciço em setembro último, quando mais de 500 processadores de amêndoa e 2.000 mulheres trabalhadoras em unidades de processamento se reuniram em frente ao escritório regional do Reserve Bank of India na capital do estado de Kollam, Thiruvananthapuram, reivindicando um pedido de socorro para salvar a indústria.
O estado de Kerala tem 840 fábricas de caju registradas, quase todas localizadas em Kollam. E mais de 80% fecharam as portas nos últimos dois anos devido a enormes custos operacionais que acabaram levando à perda acumulada dessas empresas. Tudo isto resultou no desemprego de 350 mil pessoas, das quais 90% são mulheres.

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