Covid-19 ameaça comércio de castanha entre Vietnã e Camboja


Os agricultores cambojanos expressaram sérias preocupações depois que o Vietnã decidiu fechar abruptamente todas as passagens de fronteira com o Camboja porque os comerciantes vietnamitas são sua principal fonte de compradores para muitas culturas, principalmente para a mandioca e a castanha de caju. O governo vietnamita fechou suas fronteiras com o Cambodja e impôs a proibição, durante um mês, da entrada para qualquer viajante estrangeiro - exceto diplomatas credenciados -, pois o país adota medidas para conter a propagação do COVID-19.

Em média, cerca de 200 comerciantes viajam diariamente do Camboja para o Vietnã diariamente para trocar ou vender produtos de ambos os países, especialmente castanha de caju e mandioca. San Navy, 35 anos, agricultor do distrito de Snuol, na província de Kratei, disse ao Khmer Times que as castanhas de caju e mandioca em sua área são vendidas a comerciantes intermediários que os vendem ao Vietnã. San afirma que esses comerciantes pararam de comprar castanha de caju em sua área desde a última terça-feira, mas a mandioca ainda pode ser vendida.

Outro agricultor da comunidade de Roka Po Pram, em Tboug Khum, Ek Hym, disse estar preocupado com a forma como o fechamento da fronteira afetará seu sustento porque os comerciantes compram castanha de caju diretamente de sua fazenda. No entanto, de acordo com Hym, os comerciantes ainda estão comprando a colheita dele, mas ele teme que isso possa mudar à medida que o fechamento da fronteira entra em vigor.

O volume de comércio entre o Camboja e o Vietnã, de acordo com números do governo, atingiu US $ 5 bilhões no ano passado e era esperado exceder esse valor em 2020. (Fonte: Khmer Times)

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