Indústria agrega valor à castanha de caju para conquistar compradores no Chile

A Agroindústria Caju Cardeal, instalada no município de Pacajus (a 49 km de Fortaleza), processa anualmente 200 toneladas de castanha de caju in natura. Mas, ao contrário da maioria das empresas do setor, ela não se concentrou apenas no beneficiamento da amêndoa para conquistar mercados. Paulo Rogério de Carvalho, proprietário da empresa, diz que o foco foi direcionado também para a produção da pasta de castanha, semelhante à pasta de amendoim. De forma a agregar valor ao produto e conquistar mais clientes.
“Utilizamos uma tecnologia desenvolvida pela Embrapa Agroindústria Tropical (em Fortaleza) e, por enquanto, somos os únicos a industrializá-la”, observa.
A Cardeal também produz creme de castanha com chocolate, biscoito de castanha, tortinhas (biscoitos recheados com o creme de castanha), doce crocante, as amêndoas torradas com e sem sal, natural, caramelizadas e caramelizadas com gergelim. “Hoje, comercializamos nossos produtos apenas em Fortaleza, Goiás e Espírito Santo, mas já estamos em negociações para exportar para o Chile todos os nossos produtos”, afirma.
A expectativa de Márcio Albuquerque é exportar 50% de sua produção. E avisa que, quando conseguirem isso, a produção da fábrica deverá ser ampliada para 300 toneladas/ano. “Já fizemos investimento na parte física da fábrica, aumentando sua área em 25%. Espero iniciar o embarque para o Chile no último trimestre deste ano. A quantidade ainda não está definida, pois estamos em negociações”.
A empresa participa do Peiex (Projeto de Extensão Industrial Exportadora) que, no Ceará, é coordenado pelo Núcleo de Tecnologia Industrial do Ceará (Nutec).
O programa é vinculado à Agência Brasileira de Promoção de Exportação e Investimentos (Apex), que visa capacitar as empresas para alcançar o mercado externo. (Rebecca Fontes - O Povo)

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