Indústria de castanha de caju quer ajudar a enfrentar a crise

A indústria de processamento da castanha de caju quer ser incluída entre os setores listados como beneficiários da desoneração da folha de pagamento, devolução dos créditos federais e crédito prêmio, medidas do Plano Brasil Maior para incentivar o comércio exterior e reduzir o custo das exportações. “Estamos confiantes que o governo vai atender a um setor que tem grande importância social, social e ambiental para a Região Nordeste”, comenta o presidente do Sindicato da Indústria de Beneficiamento de Castanha de Caju (Sindicaju), Lúcio Carneiro.
Ele acrescenta que o setor lidera a pauta de exportações do Ceará, individualmente, gera 25 mil empregos - no campo e na indústria - e tem mais de 100 mil produtores no Nordeste com uma área plantada de 700 mil hectares - 500 mil ha só no Ceará. Destaca que as medidas são essenciais para enfrentar a crise econômica que afeta as exportações brasileiras. O pedido do Sindicaju conta com o apoio da Federação das Indústrias do Ceará (Fiec), Confederação Nacional da Indústria (CNI) e bancada de parlamentares cearenses no Congresso Nacional. Carneiro destaca que o setor que exporta commodities é o mais penalizado porque a demanda e nível de atividade incertas. 
 Fatores

Número significativo de trabalhares no setor rural e agroindustrial, que precisa ser mantido e aumentado;
A produção de castanha de caju não atende a capacidade instalada da indústria para processar 420 mil/t/ano. Em termos médios, no período de 2000-2010, a produção de castanha de caju ficou abaixo de 200 mil/t/ano
Possibilidade de recuperação, a curto e médio prazo, de mais de 150 mil hectares de cajueiros do tipo comum, usando tecnologias alternativas de baixo custo;
Disponibilidade de tecnologias para modernização e expansão de todos os elos da cadeia produtiva do caju;
Descompasso entre a modernidade das indústrias de processamento e a estagnação da oferta de matéria-prima, em termos de volume e qualidade. (O Povo)

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