Cajucultura acende luz amarela

O setor da cajucultura está com a luz amarela acesa por conta da baixa cotação do dólar. Segundo o presidente o presidente o presidente da Câmara Setorial do Caju e do Sindicato da Indústria de Beneficiamento da Castanha de Caju do Ceará (Sindicaju), Lúcio Carneiro, é urgente que os governos façam uma política de incentivo regional para que a cajucultura continue sendo viável financeiramente no médio prazo, especialmente no Nordeste.“Se isso não acontecer daqui a quatro, cinco anos vai ser mais vantajoso para a indústria brasileira processar os seus produtos nos Estados Unidos”, destaca, reforçando que já há empresários, de vários setores, inclusive da castanha de caju, que avaliam fazer o beneficiamento de seus produtos fora do Brasil.
O líder empresarial diz que é preciso reduzir os impostos e os encargos previdenciários, além de criar linhas de crédito que beneficiem o pequeno e o médio empresário nordestino. Destaca que em 2009, o dólar estava a R$ 1,97 e agora está em torno de R$ 1,70 e no acumulado a R$ 1,79. Ele defende um dólar cotado a R$ 1,95 ou uma política de incentivos.
“ A grande preocupação é porque o dólar está num patamar extremamente baixo. Precisaria valorizar pelo menos 10% para estabilizar esse quadro”. Comenta que economistas, o Ministério da Fazenda e do Banco Central têm dito que o real está valorizado 30% em relação ao dólar. Para exemplificar como essa sobrevalorização prejudica as exportação, diz que é como se o salário de R$ 500 fosse reduzido para R$ 350. Avalia que o prejuízo é total e o mercado interno não permite uma apreciação dessa magnitude. Considerando que não existe incentivo ao setor exportador do Nordeste que permita a continuidade das operações.

O presidente do Sindicaju afirma que o governo tem que tomar providências antes que seja tarde demais. Ou seja, antes que a operação possa ficar inviabilizada ou que as empresas saiam do País. Conta que a castanha de caju está custando R$ 1,25 o quilo e a amêndoa exportada a US$ 5,19 o quilo. “O preço é bom, mas com o câmbio a R$ 1,70 o valor em real é muito baixo”, diz, acrescentando que no ano passado o preço era menor, mas o valor do dólar era maior.

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