Cajucultura na Índia

O Conselho de Promoção das Exportações de Caju da Índia (CEPC) e o Laboratório de Kollam, em Kerala, apresentaram um projeto para o desenvolvimento de um Centro de Transferência de Tecnologia para o Caju, a ser financiado pelo Banco Nabard (The National Bank for Agriculture and Rural Development).
Segundo Dr V.P. Potty, chefe do Laboratório, “a criação desse centro de desenvolvimento é fundamental para o aumento da produção e do processamento de castanha in natura, face a lentidão do crescimento atualmente existente neste setor”. A baixa produtividade, o longo período requerido para obter o máximo rendimento e as grandes áreas de pomares em senescência são alguns dos principais problemas que necessitam serem superados, disse.
A atual produtividade de castanha de caju por hectare na Índia é de 800 kg, enquanto no Vietnã é de 2670 kg/ha. Na Índia, o estado de Maharashtra possui a maior produtividade (1300 kg/ha), apesar de ter um potencial para produzir 5000-6000 kg/ha. "Há híbridos e seleções de cajueiro em estações de pesquisa em Maharashtra e Goa com potencial para produzir cerca de 40 kg de castanha por planta, ou seja, 8000 kg/ha no 14 º ano após o plantio. Trata-se, naturalmente, de uma variedade tardia, que pode ser melhorada", disse ele.
Densidade de plantio
De acordo com o pesquisador, “Atualmente, não existem variedades anãs ou precoces disponíveis no país e, em conseqüência, a densidade de plantio não pode ser aumentada”. Esta é uma importante área onde a CEPC Lab pretende concentrar esforços, acrescentou.
Os principais componentes do projeto incluem o desenvolvimento e divulgação de padrões para a castanha in natura, treinamento de produtores nas operações de colheita e pós-colheita, capacitação de mão-de-obra em temas como higiene/sanitização nas unidades de processamento, e difusão de variedades de alta produtividade. Um total de 37 variedades de cajueiro foram desenvolvidas e liberadas. Dentre elas, 25 são seleções e 12 são híbridos. 21 variedades produzem amêndoas tipo exportação ((W180, W240).
Outros componentes
Os outros componentes são o desenvolvimento de técnicas agrícolas e hortícolas como enxertia, conservação do solo e da água em plantios de alta densidade, vermi-compostagem da biomassa do cajueiro, poda, substituição de copa para o rejuvenescimento de pomares senis, técnicas de proteção de plantas para o controle de pragas, técnicas de irrigação, fertirrigação, aplicação de reguladores de crescimento vegetal e consorciação de culturas. Além disso, a introdução do conceito de Boas Práticas Agrícolas (BPA), entre os agricultores e o desenvolvimento de um sistema de certificação no âmbito do sistema de qualidade GAP, orientando a atividade agrícola para o mercado, também estão incluídos no projeto, que deverá ser implementado em três anos (Fonte:Business Line).

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