Agronegócio caju: sustentabilidade ameaçada

Nunca a viabilidade do agronegócio caju foi tão questionada como agora. Como principais ingredientes dessa discussão têm-se a defasagem cambial (real forte frente ao dólar), o excesso de oferta de matéria prima pelos países africanos, as boas safras de castanha nos principais países produtores e o consumo praticamente estagnado nos Estados Unidos, maiores compradores da amêndoa de castanha de caju. Uma lição é necessário guardar neste momento: não há como assegurar a sustentabilidade desse importante negócio apenas com o produto castanha. A busca de rotas tecnológicas alternativas com foco na agregação de valor a todos os produtos derivados do cajueiro mais do que nunca deve ser priorizada. O governo, por outro lado, tem de fazer a sua parte, reconhecendo de forma substantiva a atividade da cajucultura como importante fonte de geração de emprego e renda no Nordeste brasileiro.

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